Quem já me lê há algum tempo deve estar esperando um post como o de hoje faz tempo: uma breve descrição das cartelas de cores da Análise Cromática. Acho que vocês estão prontas para esta parte mais técnica! Primavera, Inverno, Verão, Outono… Outono Puro, Outono Opaco, Outono Escuro… Afinal, o que querem dizer essas cartelas de nomes tão bonitinhos porém confusos?
Verão, Inverno, Primavera, Outono (ainda no sistema de 4 cores, mas que dão uma dimensão).
Vale lembrar que o único jeito de descobrir a sua cartela é através de uma Análise Cromática presencial. Qualquer coisa diferente disso é palpite – inclusive o que eu faço com as celebridades aqui. Os palpites podem ser certeiros, mas não tem como ter certeza sem o procedimento adequado. Eu sei que tem gente por aí que vende testes online, mas eu não consigo conceber uma maneira infalível de fazer isso à distância. Quem já fez sabe como pode ser complexo… A maioria destes testes são baseados em estereótipos que já foram derrubados pelas metodologias atuais. Então, muito cuidado!
Voltando às cartelas, existem dois métodos de diagnóstico populares: o Método Sazonal e o Sazonal Expandido. Este último é o mais moderno, que permitiu passar de 4 opções de cartelas para 12. Isso ocorre porque este método considera as cartelas de fundo neutro (nem tão quente, nem tão frio). A diferença está na característica predominante, que passou de apenas de quente ou frio para seis opções. São elas: Quente x Frio, Opaco x Vivo e Claro x Escuro.
Basicamente são 4 estações puras, com predominância fria ou quente, e 8 estações neutras com predominâncias variadas. Mas vale apontar que mesmo as estações neutras têm uma inclinação para o frio ou quente. Muita gente imagina que cores neutras são um oba-oba e que todas as cores funcionam… Não é bem assim, rs. Todo mundo tem o mesmo número de cores numa cartela. A única vantagem de pessoas neutras é poder usar tanto o prata quanto o dourado. Mas isso fica para outro capítulo.
As estações são 12, mas compartilham características, o que torna mais fácil a memorização. Imagine uma família de 12 filhos, em que cada um tem três pais e todos são irmãos de alguma forma… Ou melhor, esqueça esta analogia complexa e observe o gráfico abaixo (é uma espécie de gráfico, vai!):
Existem 4 estações puras na Análise Cromática: Primavera Pura e Outono Puro que são quentes e Inverno Puro e Verão Puro que são frias. As demais são neutras e com outras características predominantes. Ainda assim, metade das 12 estações são da família dos quentes e metade dos frios. O mesmo vale para o Claro x Escuro e o Vivo x Opaco. Metade para cada característica oposta… Cada estação compartilha os traços com as outras.
Uma coisa relevante a ser dita é que as estações tem mais de uma nomenclatura, dependendo da tradução e afins. Outono Puro pode ser chamado de Outono Quente ou ainda de Outono Verdadeiro. Opaco pode ser traduzido como suave e vivo pode ser brilhante, por exemplo. Escuro pode ser profundo… Mas independentemente do nome, o importante é assimilar o que esses termos descrevem para fazer uma triagem adequada nas cores.
Outono é do grupo dos quentes, escuros e opacos. Verão também é opaco, mas da família dos frios e claros. Primavera também é clara, mas é quente e viva. Inverno é igualmente vivo, mas frio e escuro. Deu para entender mais ou menos? Eu sei que é elaborado, mas não deixa de ser fácil. Vale olhar as quatro cartelas lá em cima para referência, apesar de serem só as quatro do Método Sazonal. O que acontece na cartela é um somatório de características:
Esses exemplos ilustram de forma simples como as características combinadas podem compor uma cartela. O resultado final vai depender do traço predominante. Se é mais escuro que opaco, ou mais vivo que claro, por exemplo. Mas nestes dois esquemas dá para ver bem como o somatório das propriedades interferem nas cores e como a Análise Cromática identifica seus caminhos.
Vale lembrar que a maioria das cartelas da Análise Cromática tem alguma versão da maioria das cores. Estações opacas podem não ter o vermelho, que é uma cor tradicionalmente viva. A minha cartela, Inverno Puro, não tem laranja, por exemplo. Mas todas tem algum azul, algum verde, roxo, rosa, marrom, cinza, bege… O mais complicado é ficar sem o branco (branco mesmo, dentista) e o preto, que não são tão universais quanto nos fazem acreditar.
Mas mesmo as restrições podem ser contornadas. Eu sempre dou um jeitinho das clientes usarem as cores do coração, ensinando a errar direito, rs. E não esqueçam que a cartela de cores só é importante nas áreas ao redor do rosto. Blusa, lenço, vestido, maquiagem, cabelo, bijoux, óculos, chapéu… Calça, saia, sapato e afins não entram na roda. Mas para quem ainda acha que não faz tanta diferença assim, trago um exemplo, para refrescar a memória do demonstrado em outros posts:
Me digam vocês o que funcionou e o que não funcionou… (Dessa vez eu peguei da web, não fiz toscoshop)
Outra coisa importante: você não precisa adorar todas as cores da sua cartela – porque você não é obrigada a usar todas. Aliás, você provavelmente não vai achar todas bonitas. Eu mesma não gosto de várias cores minhas. A cartela serve para te indicar as cores que vão te valorizar. Aliás, não se esqueçam que é importante coordenar a cartela com o contraste. Não esqueçamos do contraste! Essa parte eu reservo para o styling. As cores da estação garantem que a pele e os olhos vão ser valorizados. O contraste considera a harmonia de luz e sombra além das cores.
Eu sei que é um conteúdo amplo, mas eu quis explicar direitinho e da forma mais didática possível. Depois me contem se eu consegui ou falhei, rs. O importante é perceber que tem muita, muita mesmo, lógica por trás da Análise Cromática e suas aplicações.